Made in Brazil
I Estão avançadas as negociações entre a Associação Brasileira das Indústrias do Arroz (Abiarroz) e a Agência Brasileira de Promoção à Exportação (Apex) para realizar ações no mercado internacional. Nas últimas reuniões estratégicas, no início de fevereiro, foram definidos os nove países potenciais que farão parte de um esforço da inteligência comercial brasileira para a exportação de arroz, quais sejam a Arábia Saudita, Jordânia, Angola, África do Sul, Nigéria, Espanha e Cuba, além de um último ainda em definição. Inicialmente foram selecionados 20 países, mas com base no conjunto de informações destes potenciais clientes serão trabalhados os nove.
II O objetivo do projeto é elevar as exportações brasileiras de arroz gerando um programa que viabilize o controle entre excedentes (principalmente do Mercosul) e exportação para não provocar excesso de produção no mercado interno e em decorrência um declínio de preços. A proposta é trabalhar no convênio por pelo menos dois anos, com estudos da cadeia produtiva e países selecionados, além de definidas as metas e ações a serem realizadas nestes mercados. Haverá a partir disso a realização de rodadas de negócios, participação em feiras internacionais e a promoção da imagem do produto nacional, bem como a formalização de acordos comerciais e sanitários.
PAGÉ
A Industrial Pagé, fornecedora de soluções completas para a agroindústria, é presença confirmada na 17ª Feira Nacional do Arroz (Fenarroz 2012). O evento acontece de 22 a 27 de maio de 2012 em Cachoeira do Sul (RS). Para o gerente comercial da Pagé, Adenilson Vilella, a Fenarroz 2012 representa uma oportunidade para a empresa expor seus produtos e tecnologias na área de armazenagem e beneficiamento de grãos, além de estreitar relações com clientes. “A feira já é uma referência mundial para o mercado orizícola, então estaremos lá divulgando nosso portfólio de produtos e soluções para o setor”, informa.
FOCO
A Fenarroz está mudando seu foco e tornando-se, a pedido da cadeia produtiva e dos próprios expositores, uma feira mais profissional e menos festiva. O número de dias foi reduzido, os pequenos comerciantes ganharão um espaço separado dos grandes expositores de produtos para a indústria e a lavoura de arroz e será realizado um fórum internacional para a cadeia produtiva, focando tecnologia, processamento e informações de mercado, além de uma rodada de negócios. As mudanças têm o comando do presidente Luis Silva.
Superarroz
Cientistas franceses, ligados ao Cirad, anunciaram a identificação de um gene específico que provoca a esterilidade no cruzamento das duas espécies mais cultivadas no mundo, a Oryza sativa, asiática, e a Oryza glaberrima, africana. Com isso esperam identificar marcadores genéticos que permitirão evitar a barreira reprodutiva entre as espécies e criar variedades viáveis de alto poder produtivo e principalmente resistente a algumas limitações do Oryza sativa. A espécie asiática oferece melhores resultados agronômicos e predomina no mundo, mas o glaberrima contém potencialidades genéticas interessantes na resistência a doenças, estresse hídrico, salinidade e nematoides que causam perdas significativas na África. O foco deste estudo é a segurança alimentar africana, hoje os grandes clientes do Brasil.
ENERGIA
I A Termelétrica São Borja recebeu da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a autorização para iniciar sua operação comercial. O complexo começou seus testes operacionais e a inauguração oficial deve acontecer em fevereiro. Um diferencial da usina é o seu combustível: a casca de arroz. A estrutura ajuda a resolver o problema da destinação desse resíduo. A termelétrica tem capacidade para produzir até 12,3 MW, o equivalente ao abastecimento de uma cidade de cerca de 70 mil habitantes. Serão necessárias em torno de 100 mil toneladas ao ano de casca de arroz para atender à demanda da usina. O investimento foi de R$ 55 milhões.
II A térmica ainda gerará um subproduto que serão as cinzas da casca de arroz, em um volume estimado em 20 mil toneladas ao ano. Esse material poderá ser aproveitado por cimenteiras e indústrias de borracha e de fertilizantes. Itaqui e Pelotas poderão receber projetos similares até 2013. Além da geração de energia, a Agência de Desenvolvimento de São Borja pretende elaborar um estudo técnico-econômico quanto à possibilidade da produção de etanol a partir do arroz no Rio Grande do Sul. Ela salienta que o álcool de cereal tem um maior valor agregado, podendo ser usado pela indústria farmacêutica, de bebidas, entre outros segmentos.
Mercosul
I O Mapa iniciou os debates sobre produtos agropecuários que devem ser incluídos na lista de 100 itens que cada país do Mercosul terá direito a elevar a tarifa sobre as importações. O arroz pode entrar na pauta. A lista será elaborada por um grupo de trabalho interministerial. O objetivo é tentar reduzir desequilíbrios comerciais provocados por incertezas econômicas. A entrada de certos produtos tem prejudicado a comercialização e a produção nacional. Exemplo disso são os vinhos da Itália, França, África do Sul e EUA; a banana do Equador; o pêssego da Grécia; e a batata pré-cozida da Europa e um excesso de arroz do Mercosul.
II Para começar a valer, a decisão necessita ser incluída na legislação de todos os países membros do bloco: Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. Além disso, a lista também deve ser submetida aos demais parceiros que têm até 15 dias para contestar. A expectativa dos representantes da Camex é de que a lista de produtos escolhidos seja definida até abril, quando a medida também deve começar a vigorar.