Menos água, MENOS ARROZ

Rio Grande do Sul planta menos por déficit hídrico .

Depois de bater um recorde de área plantada, produção e produtividade, o Rio Grande do Sul, principal produtor de arroz do Brasil, prepara-se para uma safra mais modesta. Mas não tão pequena quanto se esperava inicialmente. Boas chuvas nos meses de outubro e na primeira quinzena de novembro recuperaram bem os mananciais da fronteira-oeste, fazendo com que muitos produtores optassem por ampliar a área inicialmente planejada. “Muitos arrozeiros estavam com a área preparada desde o ano passado. A recuperação das barragens causou um aumento de área de última hora”, explica o chefe do departamento de política setorial do Irga, Victor Hugo Kayser. Esta tendência, segundo Kayser, não garante um aumento significativo de produção, pois o plantio ocorre fora da época ideal, o que indica que poderá ter perdas na produtividade. A previsão inicial do instituto era de que o Rio Grande do Sul plantaria 950 mil hectares (bem abaixo do 1,041 milhão da safra anterior). Os preços de mercado abaixo do custo de produção também interferem na redução de área. A retomada do plantio na fronteira-oeste fez com que a previsão fosse elevada para 971,2 mil hectares, mas podendo chegar a 975 mil hectares. A Emater/RS, no entanto, considera uma redução menos significativa e indica uma intenção de plantio de 1,008 milhão de hectares. Há consenso de que a produtividade deve ser menor. A safra gaúcha está sendo plantada com um atraso de até 20% diante de 2003, quando a produtividade média beirou 6,1 mil quilos/hectare. Segundo a Conab, o Rio Grande do Sul está plantando entre 10% e 12% menos área nesta safra (entre 914,5 e 935,3 mil hectares) e terá uma produtividade média de 5.930 quilos (2,2%). A produção total deverá cair entre 13,9% e 12% (para 5,423 milhões de toneladas ou 5.546.300 toneladas).

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