Mensagem aos Orizicultores

Autoria: Cleomar Ereno, orizicultor.

Após breve reflexão, ao encerrar minha função de conselheiro do IRGA e de diretor técnico da Fundação IRGA, decidi me manifestar com relação ao período em que ocupei o cargo que me foi confiado pelas lideranças e, especialmente pelos produtores de arroz de Alegrete, quando fui eleito conselheiro titular do IRGA em 2003, sendo reeleito por mais duas gestões.

Em primeiro lugar, agradecer pelo apoio que sempre contei dos meus colegas suplentes durante as três gestões e especialmente da Associação dos Arrozeiros, na pessoa do Gilberto, então presidente , Sindicato Rural, na pessoa do Parreira, que presidia naquele momento, Prefeitura Municipal, na pessoa do prefeito Erasmo, que foram pró-ativos e pontuais no ato da cedência do terreno para construção da casa do IRGA.

Também preciso registrar o constante apoio da CAAL, na pessoa do Sr. Ramos, que contratou técnicos para apoiar os programas do IRGA, sem ganho econômico, apenas no intuito de promover o trabalho da Autarquia e, finalmente, Pilecco Nobre, na pessoa do Sr. Onélio, empresas que de uma forma ou de outra participaram do processo, ora apoiando, ora cobrando ações.

Em segundo lugar, quero registrar que durante este longo período, muitas vezes de forma silenciosa, atuamos buscando o melhor para a lavoura da Fronteira Oeste através da interação com os colegas conselheiros das cidades que compõem a região. Podemos destacar, em Alegrete, entre outras coisas, as várias reestruturações do NATE , especialmente na busca de profissionais que melhor se ajustassem às demandas tecnológicas, a busca de recursos para apoiar nossos eventos, como Semana Arrozeira. Destaco também nossa atuação constante na comissão de pesquisa e na criação da Fundação IRGA, entidade formada com intuito de melhorar a dinâmica das relações administrativas do IRGA, como desburocratização e agilização, especialmente da pesquisa e da assistência técnica, onde ocupamos o cargo de diretor técnico durante as duas primeiras gestões. Este cargo seguirá sendo ocupado pelo nosso colega, conselheiro Ivo Mello, definido ontem na eleição da nova diretoria da Fundação, que confere responsabilidade civil sem direito a remuneração alguma.

Teria muitas outras ações a relatar, no entanto, tornariam este texto denso para aqueles que se interessaram pelo assunto.

E, finalmente, reafirmar minha satisfação em ter contribuído neste longo período, pois sei que fiz aquilo que considerei sensato para cada momento, e com isso também agreguei crescimento pessoal, pois amadureci e aprendi muito. Fazer uma consideração à turma de colegas que se disponibilizaram a dar continuidade a este trabalho, de forma evolutiva pelo perfil pessoal que os caracteriza. São os novos conselheiros por Alegrete, Henrique Dornelles, Geovano Parcianello e Paulo Fleck. Também preciso citar os conselheiros por Manoel Viana: Ivo Mello, César Correia e Juca Rosso, desejando uma grande jornada, pois serão a voz dos produtores de Alegrete e Manoel Viana dentro do Conselho pelos próximos três anos.

Eles terão muitos desafios em função da nova forma de governo estabelecida na autarquia, a partir do governo Tarso Genro, quando por imposição legal, na prática a lavoura deixou de ter voz na nomeação dos diretores da autarquia, portanto restando apenas o conselho como mediador entre a realidade da lavoura e a vontade do governo em todos os assuntos pertinentes ao IRGA. Entre eles, aplicação dos vastos recursos da produção arrecadados pelo governo através da taxa CDO, que foi criada para defesa e desenvolvimento da nossa atividade e que grande parte não está sendo disponibilizada para este fim. É uma tarefa árdua que exigirá muita capacidade, trabalho e diplomacia no sentido de obter da parte do governo a medida justa na destinação destes recursos que são da lavoura orizícola por direito.

Alegrete, 12/12/2012.

Cleomar Ereno.

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