No limite superior

 No limite superior

Sob nova realidade,
Brasil pode colher
quase 11 milhões de t
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 Para uma temporada que começou com a expectativa de redução produtiva sobre a safra 2018/19 – que foi de 10,45 milhões de toneladas -, o Brasil chegará ao final da colheita 2019/20 com a perspectiva de colocar no mercado um volume mais próximo de 11 milhões de toneladas. Ou seja, o país não só mantém sua autossuficiência como ainda tem autoridade para neutralizar, por meio das vendas externas, o impacto da importação do Mercosul e manter-se como um dos 10 maiores fornecedores globais.

Abril modificou a realidade do quadro de safra, com a surpreendente reação do Rio Grande do Sul por causa de uma situação climática muito favorável à produtividade – e um considerável erro de avaliação do desempenho da cultura. Também mudou a realidade do balanço de oferta e demanda, uma vez que o volume de consumo aumentou a partir de 15 de março com a quarentena gerada pela pandemia da covid-19.

NOVOS NÚMEROS

Em abril, com base no levantamento realizado em março, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previa uma colheita de 10.568,8 milhões de toneladas, 1,2% maior do que em 2018/19. Os números devem ser maiores na estimativa de maio, levando em conta a divulgação, pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), de que a safra gaúcha será até 11% maior do que o previsto, beirando oito milhões de toneladas.

Os números do Irga em 4 de maio permitiam projetar uma colheita entre 7,8 e 7,9 milhões de toneladas, considerando uma queda mais acentuada das médias produtivas nas regiões mais atrasadas. A Conab vem trabalhando com estimativa de 7,38 a 7,40 milhões de toneladas nas lavouras gaúchas.

Sobre Santa Catarina, o último dado divulgado pela Conab foi de 1,05 milhão de toneladas, mas os organismos estaduais indicam 1,47 milhão de toneladas. Portanto, só no Sul, há uma diferença possível de até 600 mil toneladas, desconsiderando a segunda safra no Brasil Central e as colheitas do Nordeste, que seguem até julho, e foram plantadas com preços mais altos no mercado interno. Com isso, espera-se que a companhia eleve seu prognóstico em pelo menos 300 mil toneladas para maio, com ajustes nos meses seguintes, até o fechamento dos dados de colheita em outubro.

Brasil mantém segurança da produção acima do consumo

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