No seu quadrado

 No seu quadrado

Com mínima redução de área, Santa Catarina aposta nas vendas internacionais para crescer mais
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 As estimativas atualizadas da Epagri/Cepa para a safra 2018/19 apontam uma leve redução na área plantada de arroz irrigado em Santa Catarina. Segundo a economista Glaucia de Almeida Padrão, a confirmação do fenômeno El Niño em época de colheita poderá até fazer com que as produtividades sejam inferiores às duas últimas safras. “Até o momento, a expectativa é de que a produção seja 2,22% menor em relação à safra 2017/18, devendo ficar em 1,15 milhão de toneladas de arroz em casca em área aproximada de 143 mil hectares”, afirma.

Algumas microrregiões do norte catarinense e o Alto Vale do Itajaí já realizaram o primeiro corte, uma vez que realizam o cultivo da soca. Orlando Giovanella, presidente da Cooperativa Juriti, de Massaranduba, considera que esta será uma safra de boa qualidade e com volume dentro do esperado. Mas como a colheita segue até maio, fatores climáticos ainda podem afetá-la. “Os preços na entressafra foram um pouco menores, mas ainda assim chegamos à colheita com cotações cerca de 10% acima do início de 2018, na faixa de R$ 40,00”, explica.

No entanto, o produtor também arcou com o aumento do custo dos insumos, que, dependendo do pacote tecnológico, pode ter chegado a 10%. A tabela do frete afetou as indústrias, que reclamam do preço médio de R$ 13,50 por fardo de 30 quilos para atender mercados próximos, como é o caso de Curitiba (PR). O mesmo fardo, transportado por cabotagem para o Nordeste, fica em R$ 8,50.

Em dezembro de 2018, os preços do arroz catarinense passaram a decrescer, seguindo a tendência observada nos últimos meses no Rio Grande do Sul. O ano fechou cotando o arroz em média de R$ 40,12 a saca. Com a entrada da safra 2018/19, a tendência é que estes preços continuem em queda nos dois estados, segundo Glaucia de Almeida Padrão, economista da Epagri/Cepa.

No comparativo com os últimos 10 anos, observa-se que o preço médio de 2018, em R$ 37,25, é o menor desde 2011, 16% abaixo do preço médio de 2017. “Isso tem impactos significativos no valor bruto da produção, embora a expectativa de uma produção próxima da anterior”, acrescenta.

EXPORTAÇÕES
Com preços internos baixos e conjuntura favorável ao mercado externo, as exportações catarinenses atingiram o patamar de 83,92 mil toneladas de arroz e derivados. Esse volume equivale a US$ 24,7 milhões em faturamento em 2018. Entre os principais parceiros comerciais destacam-se Venezuela, África do Sul e Trinidad e Tobago. Santa Catarina importou 17,81 mil toneladas de arroz e derivados, resultando em uma balança comercial positiva de 66,11 mil toneladas e US$17,88 milhões.

Colheita catarinense já começou

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