Sem perder o ritmo

Exportações brasileiras mantêm o volume
de embarques e
podem consolidar resultado positivo
.

O primeiro quadrimestre de 2016 apresentou resultados financeiros 11% maiores do que na temporada passada e ritmo de embarques levemente superiores ao mesmo período, projetando novamente uma balança comercial positiva. O ritmo das remessas internacionais manteve-se graças à desvalorização do real perante o dólar, o que mantém o Brasil competitivo, mas também pela ampliação dos mercados alcançados e fidelização de clientes.

De 1º de janeiro a 30 de abril foram exportadas 434.326 toneladas de arroz em base casca, sendo 52% quebrados, 25% beneficiado (parboilizado/integral e branco) e 23% em casca. O mercado de quebrados está concentrado na África, o de beneficiado na América Central e Caribe e o de casca nas Américas do Sul, Central e do Norte. Em abril o país – leia-se Rio Grande do Sul – exportou 122,7 mil e importou 63,57 mil toneladas. Em março o resultado foi melhor, com a venda de 140,8 mil e a aquisição de 46,6 mil toneladas.

Nos quatro primeiros meses do ano o Senegal é o grande cliente brasileiro: comprou 91,2 mil toneladas, ou 21% de todos os embarques nacionais. É seguido por Venezuela (66,3 mil), Nicarágua (52 mil), Cuba (44,8 mil), Estados Unidos (41,9 mil), (Peru 34,4 mil), Gâmbia (21,3 mil), Suíça (16,9 mil), Bolívia (11,5 mil) e Bélgica (8,3 mil). O Brasil já remeteu arroz a 57 países neste início de ano. África, América Central, América do Sul, América do Norte e Europa são os grandes compradores, mas há vendas também para o Oriente Médio (Arábia Saudita, Israel, Líbia, Emirados Árabes, Jordânia, Líbano e Iraque), Leste Europeu (Lituânia), Ásia (Cingapura) e Oceania (Nova Zelândia).

Estes embarques representam US$ 108 milhões na atual temporada, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). As compras internacionais mantiveram o perfil praticamente inalterado no primeiro trimestre, mas em abril, com a confirmação de uma safra menor no país, as aquisições foram ampliadas e passaram de 63 mil toneladas.

No quadrimestre foram adquiridas 182.062 toneladas, consolidando um saldo líquido exportado de 252.264 toneladas. A média de vendas do período alcança 108.531,5 toneladas, o que permite projetar que, se mantida, levará à remessa total até 31 de dezembro de 1.302.378 toneladas. Tal resultado seria 15,5% superior à projeção de 1,1 milhão de toneladas (em base casca) a serem embarcadas no período feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em contrapartida, a média mensal de internalização do cereal alcançou 45.515,5 toneladas. O volume deve crescer, segundo os analistas de mercado, devido ao ajustado quadro de oferta e demanda do país e ao bom desempenho das vendas externas, mas se for mantido alcançará 546.182 toneladas. O número fica abaixo da metade do que prevê a Conab para as compras brasileiras no exterior: 1,2 milhão. O Paraguai e a Argentina continuam sendo os grandes fornecedores de arroz para o Brasil.

FIQUE DE OLHO
O projeto Brazilian Rice participa na Rice Market & Technology Convencion entre 31 de maio e 2 de junho, em Houston, Texas (EUA). O arroz brasileiro terá amplo espaço de relacionamento e fortalecimento de imagem com públicos estratégicos dos Estados Unidos, Caribe e América Central.

QUESTÃO BÁSICA
As ações do projeto Brazilian Rice, parceria entre a Abiarroz e a Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para incentivar as exportações de arroz, têm participação neste panorama, segundo Gustavo Ludwig, gerente do projeto. Ele afirma que nos mercados onde foram realizadas atividades de promoção comercial é possível notar o crescimento expressivo dos números, caso do Peru, que comprou 62% a mais de arroz brasileiro em dólares em 2016.

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