Tem que continuar assim

 Tem que continuar assim

Exportações brasileiras de arroz mantêm superávit
na balança comercial e isso reflete em preços estáveis
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Mesmo com um mês de julho mais fraco do que o esperado em termos de importação e exportação, a cadeia produtiva brasileira do arroz tem motivos para comemorar seu desempenho ao longo deste ano comercial 2014/15. O mês de julho foi marcado pela redução do fluxo comercial de arroz do Brasil com o mercado internacional. A importação e a exportação tiveram reduções de respectivamente 24,1% e 30,4% em relação ao mês de junho de 2014, mas, ainda assim, o saldo foi positivo da balança comercial em 9,5 mil toneladas, acumulando um superávit de 196,5 mil toneladas desde o início do ano comercial, em 1º de março.

Foram importadas aproximadamente 74 mil toneladas em julho, sendo 54% de arroz beneficiado e 40% de arroz descascado, explica o analista Tiago Sarmento Barata, da Agrotendências Consultoria em Agronegócios. Paraguai e Uruguai foram os principais fornecedores, envolvendo respectivamente 52 mil toneladas e 17 mil toneladas. Contrariando a expectativa, a importação de arroz de terceiros mercados foi insignificante. Desde o início do ano comercial o volume de arroz importado foi de 390,4 mil toneladas, 25% menor do que as importações dos cinco primeiros meses da temporada passada. Deste volume, 205,5 mil toneladas são de origem paraguaia, 71,4 mil do Uruguai, 59,2 mil da Tailândia e outras 51,7 mil procedentes da Argentina. “Se a média mensal das importações (78 mil/t) for mantida nos próximos sete meses, o total atingirá 937 mil toneladas, 63 mil a menos do que vem sendo projetado pela Conab: 1 milhão de toneladas”, revela Barata.

Em contrapartida, a queda no fluxo comercial de venda pode ser atribuída à perda da competitividade do arroz brasileiro pela valorização no mercado doméstico. “Foram exportadas 83,5 mil toneladas, o menor volume desde o início do ano comercial. Apesar da queda, o resultado ainda é positivo e o suficiente para garantir o superávit na balança comercial. Neste mês, o destaque foi o envio de 27,2 mil toneladas de arroz em casca para a Nicarágua”, avisa o analista.

FIQUE DE OLHO
Desde o início do ano comercial foram exportadas 586,8 mil toneladas, 244 mil toneladas a mais do que no mesmo período no ano passado. Com a manutenção do fluxo médio mensal até então registrado (117,4 mil toneladas), nos próximos sete meses é possível projetar o escoamento de 1,4 milhões de toneladas, 300 mil toneladas a mais do que é projetado pela Conab. Em comparação ao último ano, é possível observar uma maior participação das exportações de arroz quebrado (38% ante 32% em 2013/2014) e de arroz em casca (29% ante 28%). Em contrapartida, o arroz beneficiado reduziu a sua participação de 37% para 33%. Nestes primeiros cinco meses do ano comercial a Venezuela tem se destacado como o principal destino do arroz brasileiro, envolvendo 117 mil toneladas (base casca), seguida por Cuba (160 mil toneladas), Serra Leoa (137 mil toneladas) e Senegal (148 mil toneladas).

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