MILO

 I Milo Hamilton, economista agrícola e cofundador da Firstgrain.com, é uma autoridade mundial em arroz e é escritor. Seu novo livro: “When rice shakes the world – the importance of the first grain to world economic and political stability” (Quando o arroz abala o mundo – a importância dos grãos para a economia e a estabilidade política mundial, em tradução livre). A edição adverte para a agitação social e agrícola que ocorre em toda a Ásia com a massiva migração rural para os centros urbanos.

II O autor afirma que, acompanhando o êxodo rural em países como a China e a Índia, os atuais esquemas de preços ditados pelos governos centrais têm de ser substituídos por uma estrutura de cotações de commodities mais livre e orientada para o mercado. Ele também vê em um futuro não muito distante o momento em que o Hemisfério Ocidental fornecerá mais arroz ao mundo e a preços mais elevados do que os atualmente praticados. Milo Hamilton agora é também colaborador da Agrotendências Consultoria em Agronegócios.
O livro pode ser encomendado através da Amazon por $ 13,49.

Excesso de híbridos
A produção de sementes de arroz híbrido da China cresceu 32% este ano: para 430 mil toneladas, diante das 325 mil toneladas produzidas na temporada 2012/13. E isso é um problema: a demanda por este tipo de sementes fica em 250 mil toneladas, o que gera excesso de estoques, já em 155 mil toneladas no ano de 2014, 8% a mais do que na temporada passada, devem ser exportadas 19 mil toneladas de sementes a Bangladesh, Filipinas, Indonésia, Paquistão e Vietnã.

Brazilian Rice no portal

I O projeto Brazilian Rice lançou um portal na internet e destaca informações setoriais que facilitam a navegação dos profissionais do mercado e do público interessado na comercialização externa do arroz brasileiro. Além de divulgar o projeto e sua marca, o canal destaca o setor, as empresas e produtos. O projeto é realizado pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

II 14 exportadoras alcançaram comercialização de US$ 57,1 milhões em 2013, superando a meta de US$ 30 milhões. Nos primeiros cinco meses de 2014 as exportações do projeto foram de US$ 36,7 milhões, indicando que a meta prevista para este ano, de US$ 45 milhões, será atendida. Os mercados prioritários são Peru, Chile, Cuba, África do Sul, Nigéria, Angola, Espanha, Arábia Saudita e Jordânia. O site é www.brazilianrice.com.br.

Queda argentina
O governo argentino divulgou que as exportações de grãos do país caíram nos primeiros cinco meses de 2014. A exceção foi o arroz, produto que teve os embarques para o exterior ampliados em 35%. A Argentina exportou nos primeiros cinco meses do ano 16,3 milhões de toneladas de grãos e subprodutos, 38% a menos do que no mesmo período em 2013. No caso do arroz, o volume foi de 281.116 toneladas.

Menos arroz, mais cana

A Tailândia deve anunciar um recorde de produção de açúcar até novembro de 2014. O país produzirá 12 milhões de toneladas de açúcar bruto e esmagará 105 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Isso graças a um programa de subsídio, que impulsiona o setor. Agricultores estão deixando de plantar arroz para produzir cana tamanha a rentabilidade da cultura. Uma crise nos subsídios ao arroz derrubou o último governo da Tailândia. A política elevou significativamente seus estoques do cereal e alternativas estão sendo buscadas para retirar a pressão desta cadeia produtiva.

Pesquisa sobre japônico

Duas pesquisas estão em andamento na Unoeste (SP) para conhecer o potencial de produção do arroz japônico na região do oeste paulista, que tem como referência a cidade de Presidente Prudente. Caso seja detectada a viabilidade de produção, novos estudos científicos estarão voltados à instalação de um banco de germoplasma na Unoeste e, por consequência, de programa de melhoramento genético. A expectativa é do engenheiro agrônomo Antonio Fluminhan Júnior, na condição de orientador das pesquisas feitas em nível de iniciação científica pelos estudantes de Agronomia Luís Fernando de Oliveira Lima e Christian Ken Kawakami. Eles estão realizando as etapas iniciais do ensaio de germinação utilizando 13 variedades de arroz, sendo sete japônicas.

Coreia do Sul removerá limite sobre a importação de arroz
A Coreia do Sul anunciou a retirada dos limites sobre importação de arroz a partir do próximo ano, abrindo pela primeira vez o mercado para competidores internacionais. A mudança era aguardada, pois o acordo de 20 anos com a Organização Mundial do Comércio para cotas de importação de arroz expira no fim deste ano. Os limites de importação serão substituídos por uma tarifa projetada entre 300% e 500%, que deve equiparar o valor do produto importado ao do grão produzido localmente.

ONU limita presença de arsênio no arroz
A comissão do Codex Alimentarius, ligada à ONU, que estabelece os padrões internacionais sobre segurança e qualidade dos alimentos, limitou os percentuais aceitáveis da presença de arsênio no arroz. Após três dias de reunião anual em Genebra foi fixado um nível máximo de 0,2 miligramas por quilo de arroz. Exposição prolongada ao elemento químico pode causar câncer e lesões na pele, além deste ser associada a doenças cardiovasculares, cerebrais e diabetes. O arsênio também é encontrado de forma natural na água e no solo subterrâneo em algumas partes do mundo e pode entrar na cadeia alimentar ao ser absorvido pelo produto enquanto é cultivado. O arroz absorve, particularmente, mais arsênio que outros produtos, por isso requer mais cuidado, especialmente em países asiáticos, onde os campos são regados com águas subterrâneas e seu consumo é muito grande.

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