Onde fica o Alegrete

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), depois de nove anos, mudou-se de Dom Pedrito para Alegrete. A mudança já era prevista desde agosto de 2013, por ser o município de origem do presidente Henrique Osório Dornelles. A administração permaneceu em Dom Pedrito até março para não haver interrupção dos trabalhos em andamento. A sede fica na Bento Gonçalves, 247, no Bairro Cidade Alta, em Alegrete. Seus telefones de contato são (55) 3421-4303 e (55) 9686-5621 e a home page é www.federararroz.com.br.

Olhos abertos
A China, que se tornou o maior importador mundial de arroz nos últimos três anos, pretende se tornar autossuficiente em uma década com a modernização da agricultura, segundo o Instituto de Informação Agrícola da Academia Chinesa (Caas). O estudo projeta que, em 10 anos, a China poderá produzir 43% mais arroz sobre os 143 milhões de toneladas atuais, ou 204 milhões. O consumo projetado para 2023 é de 203 milhões de toneladas. Atualmente, a China consome cerca de 146 milhões de toneladas por ano. Especialistas internacionais, contudo, consideram a meta difícil de concretizar, uma vez que os limitantes da produção no gigante asiático são o relevo e a indisponibilidade de água para irrigação.

Integro

I Um dos gargalos da produção de arroz no sul do Brasil é a baixa qualidade do serviço de distribuição de energia elétrica para os sistemas de irrigação. Isso quando se fala em estabilidade de tensão, no número de interrupções e na demora no restabelecimento do serviço. Além dos danos às lavouras, há casos de queima de equipamentos. Na Fronteira Oeste gaúcha, muitos produtores estão optando pela tecnologia desenvolvida pelo engenheiro Bruno Muswieck, da Eletroeste Materiais Elétricos & Tecnologia e Automação, para reduzir estes problemas: o Integro.

II O Integro é um equipamento que controla e monitora a distância o sistema de bombeamento, informa as grandezas elétricas em tempo real, agiliza o processo, tem fácil operação e instalação, reduz custos e pode acrescentar novas capacidades. Testado em três safras, opera por uma rede sem fio a partir da sede da granja, possibilitando monitorar a distância os levantes. Tem como diferencial o sistema de alarme, que acusa se uma estação está sendo violada ou ocorre falha no sistema. Agrega segurança e eficiência ao uso da energia no processo de irrigação e permite o controle de possíveis desperdícios de água e redução nos custos de produção. Informações em www.eletroesters.com.br ou pelos telefones (55) 3412-3150 ou (55) 9631-8507, em Uruguaiana (RS).

Menino
Meteorologistas apontam a ocorrência do fenômeno climático El Niño no próximo inverno. O El Niño provoca temperaturas acima da média nas áreas central e leste do Oceano Pacífico e gera intensificação de chuvas ou estiagens em diversas regiões do planeta. A última ocorrência do fenômeno foi em 2010. No sul do Brasil, o El Niño acarreta a intensificação das chuvas no inverno e na primavera. Se por um lado é bom para recuperar os mananciais que disponibilizam água para a irrigação, por outro lado o excesso de chuvas pode trazer danos às estruturas de lavoura e também atrasar a semeadura.


É preciso que a cadeia produtiva do arroz estabeleça uma forma de agir para desfazer o nó logístico que existe a cada safra com a falta de espaços no Porto de Rio Grande para armazenagem e embarque de arroz. A estrutura da Cesa, que foi um paliativo criado pelo governo do estado graças ao esforço do Irga, já supera sua capacidade. O arroz merece um terminal eficiente, competitivo e ágil, que evite contaminação por outras cargas, público ou privado. Com essa precariedade logística e a promessa de investimentos em portos uruguaios, a certeza é que, literalmente, “não vamos a lugar algum”.

Sem taxa
As empresas rurais constituídas com o objetivo de atuar no setor agropecuário (produtor rural com CNPJ) não são obrigadas a manter inscrição ou recolher anuidade no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea/RS). O alerta é feito pelo advogado Anderson Ricardo Levandowski Belloli, que vem obtendo sucesso em ações judiciais com este teor. Ele defende o interesse de empresas rurais que não exercem as chamadas atividades fim ou, ainda, prestação de qualquer serviço técnico privativo de engenheiro, arquiteto ou engenheiro agrônomo. As empresas podem obter ressarcimento dos valores pagos indevidamente por pelo menos os últimos cinco anos. Mais informações em (53) 9998-0981 e anderson@belloli.com.br.

De ouro

I Mesmo os pontos que parecem ser pacíficos em relação ao arroz transgênico, eventualmente, têm suas reviravoltas. A Associação de Produtores e Cientistas de Arroz da Ásia (Masipag), por meio de seu departamento regional nas Filipinas, apelou aos governos deste país, da Indonésia e de Bangladesh para que suspendam testes de campo e alimentação com arroz geneticamente modificado com a tecnologia “Golden Rice”, o Arroz Dourado. Segundo eles, os experimentos põem em risco a diversidade genética e os direitos dos agricultores.

II Enquanto os cientistas e empresas de sementes transgênicas indicam que o Arroz Dourado é uma solução para combater graves deficiências de vitamina A em populações pobres, os críticos argumentam que não há garantias de segurança para a saúde e o meio ambiente. Além disso, ambientalistas e mesmo alguns pesquisadores consideram que o arroz GM provocaria “poluição genética” das variedades locais por meio da polinização cruzada, com efeitos ecológicos desconhecidos.

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