Os sintomas de deficiências de nutrientes no arroz e como evitá-los

 Os sintomas de deficiências de nutrientes no arroz e como evitá-los

(Por Diego Guterres) O crescimento saudável da cultura do arroz inclui o balanceamento correto de nutrientes essenciais como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, zinco, entre outros. A deficiência destes macronutrientes e micronutrientes podem gerar danos à cultura, impactando na produtividade e na qualidade dos grãos.

Existem alguns métodos para detectar estas deficiências nutricionais, como a observação visual de sintomas. Para técnicos e produtores que já têm uma longa experiência com suas culturas, esse critério visual é muito aplicado na rotina do campo. Pontuo aqui os principais sinais da falta de macronutrientes que o agricultor deve cuidar na plantação de arroz.

Nitrogênio (N)

• Folhas mais velhas com amarelecimento e, depois, necrose marrom-clara nos ápices;

• Lâmina das folhas ficam menores com coloração marrom e morrem (menor desenvolvimento que uma planta normal);

• Sistema radicular menos volumoso e mais longo do que o normal.
Fósforo (P)

• Folhas eretas e da cor verde-escura;

• Folhas mais velhas ficam marrons e morrem;

• Tonalidade vermelha e roxa em algumas variedades.
Potássio (K)

• Plantas verde-escuras com folhas marrom-amareladas nas bordas;

• Manchas necróticas castanho-escuros nas pontas das folhas mais velhas;

• Murchidão foliar, curvamento e senescência precoce;

• Maior vulnerabilidade a pragas e doenças;

• Espiguetas vazias ou estéreis em grande porcentagem.
Cálcio (Ca)

• Amarelecimento ou branqueamento dos ápices das folhas mais jovens;

• Folhas mais velhas sem clorose e curvadas;

• Crescimento paralisado;

• Raízes reduzidas e de cor marrom-escura;

• Sistema radicular defeituoso, predispondo a planta à deficiência de ferro (Fe).
Magnésio (Mg)

• Folhas mais velhas com coloração amarelo-alaranjado entre as nervuras da folha.
Enxofre (S)

• Folhas mais novas com amarelecimento uniforme;

• Redução no sistema radicular do arroz.

Quando os sintomas são perceptíveis visualmente, significa que o dano já foi causado à planta. Por isso, a análise de solo é uma solução recomendada antecipadamente, a fim de realizar as ações para evitar deficiências antes do estabelecimento da cultura. Mas, ao identificar sinais, o produtor deve buscar ajuda o quanto antes com especialistas de confiança, que poderão orientar sobre as correções necessárias das deficiências e indicar os produtos e técnicas mais adequados, evitando prejuízos na colheita final.

(*Diego Guterres é especialista Líder de Cultivos da Yara Brasil)

Sobre a Yara

A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, cultiva conhecimento para alimentar o mundo e proteger o planeta de forma responsável. Para concretizar esses compromissos, desenvolve ferramentas agrícolas digitais destinadas à agricultura de precisão e trabalha em estreita colaboração com seus parceiros em toda a cadeia de valor de alimentos. Fundada na Noruega, em 1905, para resolver a emergente crise de fome na Europa, está presente no mundo todo, com mais de 17 mil colaboradores e operações em mais de 60 países, com um objetivo comum: ser a empresa de nutrição de plantas do futuro. Em 2020, a companhia passou a adotar uma nova estrutura global organizacional, com operações direcionadas para suas unidades regionais (Américas, Europa, Ásia/África), uma unidade de Plantas Globais/Excelência Operacional, e uma nova função de Farming Solutions, refletindo maior foco no cliente.

No Brasil, a Yara está presente em todos os principais polos agrícolas – são 5 unidades de produção de fertilizantes e misturadoras em mais de 20 cidades, além de 2 escritórios corporativos. Com 6,2 mil colaboradores, a empresa busca desenvolver soluções nutricionais sustentáveis para todos os perfis de produtores e culturas, colaborando com o crescimento da agricultura e o protagonismo do país no desafio de alimentar uma população mundial crescente. Desde que se instalou no Brasil, na década de 70, a Yara vem trabalhando para fomentar a produção nacional de fertilizantes, reduzindo a dependência de importação de matéria-prima e, consequentemente, o custo final dos insumos ao produtor. A companhia também fornece soluções industriais para a redução de poluentes, melhorando a qualidade do ar das cidades.

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